Com a
decisão do STF de liberar o aborto de fetos sem cérebros vi varias
posições apaixonadas sobre o tema e decidi escrever um pouco o que
penso sobre o tema, mas antes de começar meus argumentos gostaria de
esclarecer que sou contra a legalização geral porque sou a favor da
vida e que todo mundo tem direito a viver, pode ser uma concepção
religiosa sim, afinal sou cristão e frequento uma igreja, mais
consigo me livrar do fundamentalismo de muitos religiosos e defendo
por exemplo o casamento gay, legalização de algumas drogas e outras
coisas que vão contra os dogmas religiosos e para formar minha
opinião busquei varias informações sobre o tema.
Defendo o
aborto em três hipóteses: Em caso de estupro, não por uma questão
moral como muitas colocam da herança familiar e outros pontos,
simplesmente porque foi decorrente de um crime e a mulher não é
obrigada a ter um indivíduo fruto de ato inadmissível, muitas vezes
praticados pelos companheiros. Outro caso é quando existe risco a
vida da mulher até porque pode acontecer de morrer os dois e aí se
vão duas vidas e por ultimo o caso dos fetos sem cérebros, porque
para mim a pessoa sem cérebro não tem vida, não interage com a
sociedade, não pensa, não age e portanto não se caracteriza ser
humano.
Nestes
casos o aborto deveria ser de caráter administrativo, sem passar
pela justiça basta provar por meio do exame de corpo delito ou
laudo médico, vai até o hospital realiza o aborto e pronto, para
isso deve mudar o acolhimento nos hospitais garantindo total apoio,
dignidade e acompanhamento psicossocial as mulheres.
Se uma
pessoa bebe e vai dirigir está assumindo um risco e se acontecer
alguma coisa como um acidente de transito deve arcar com as
consequências, assim também deve ser a relação sexual, se não
estar preparadas para ter um filho, porque não tem condições
financeiras, psicológicas, morais e todas outras coisas devemos
buscar a prevenção, não falo só da mulher que geneticamente
carrega a propriedade de guardar em seu corpo parte da evolução de
novos seres, mas também do homem. O estado deve garantir
assistência a a gravidez deve garantir a prevenção de qualidade,
propondo novas pesquisas para minimizar os impactos, disponibilizar
métodos contraceptivos temporários para homens, fazer campanhas
educacionais que visem conscientizar sobre o sexo responsável, sobre
os métodos disponíveis, não só no carnaval mas permanentemente.
Outo
argumento usado é para justificar a legalização é a autonomia
da mulher sobre seu corpo, coisa que sou completamente a favor
mas quando se trata de uma gravidez acho que tem uma diferença,
estamos decidindo sobre a vida do
outro que não é a própria mulher, é outro corpo que também
tem o direito de viver e que por questões biológicas ainda não
possui autonomia e o estado deva resguardar esse direito garantindo
um pré-natal de qualidade até porque o estado deve garantir a vida
da mulher.
Tudo
falhou e agora, não quer ser mãe, não concordo com o ditado
de quem pariu Matheus que se balance, se a mulher não quer criar o
estado deva garantir a tutela adequada para a criança possa ter
pleno desenvolvimento. Infelizmente tem coisas na vida que não temos
total controle mas que devemos encarar, neste caso vejo como uma
doença onde o remédio para o problema não é morte de um outro e
sim e durante a gravidez um acompanhamento psicológico e médico
adequado para minimizar os efeitos decorres da gravidez indesejada,
afinal temos que arcar com algumas consequências.
A
sociedade precisa mudar, a mulher não pode ser vista como o elemento
principal da criação dos filhos, como cuidadora do lar isso deve
ser compartilhado, entre os pais e sociedade .O estado precisa agir e
mudar principalmente a saúde publica desse país afim de garantir a
vida de todo mundo.
Por
ultimo a valorização da vida não pode ser tratada somente em casos
de abortos e seria legal se todos esses grupos sociais, políticos e
religiosos unissem as forças e lutassem pela valorização da vida
em toda seus planos, combatendo a desigualdade social, o machismo, a
opressão, a discriminação da mulher, a violência domestica, a
dupla jornada, o consumo indiscriminado de drogas, educando as
pessoas a serem mais tolerantes, formando cidadãos conscientes,
cobrando dos governantes a eficiência do estado e combatendo a
própria banalização do ser humano.
Espero
debater com as compas feministas e não me venha com o argumento de
que sou homem porque tem varias mulheres que pensa como eu!